Masturbação Feminina: Derrubando Mitos e Conhecendo o Corpo Feminino

Existem muitos tabus e preconceitos em relação à masturbação feminina. Poucas mulheres falam sobre o assunto ou assumem que praticam o ato. Ao contrário dos homens, que desde pequenos convivem livremente com os impulsos sexuais, elas recebem uma educação repressora e aprendem, na sua maioria, que esse comportamento não é adequado. No entanto, a masturbação feminina traz muitos benefícios para a vida sexual, pois a mulher pode se conhecer melhor e encontrar mais facilmente o prazer no sexo.

Apesar da demonstrada importância da masturbação, este comportamento é limitado pelo estigma cultural e social que o condenou no passado. As consequências têm o poder de causar culpa e vergonha nos indivíduos que se masturbam, entre outros sentimentos, podendo também potencializar conflitos nos relacionamentos.

Quando uma mulher não sabe se tocar ou do que gosta, pode acabar levando alguns reflexos disso para a relação sexual e até para o relacionamento como um todo. Nesse caso, ela espera que o parceiro descubra o que lhe dá prazer, o que é uma responsabilidade muito grande para o outro. Se a mulher nunca conseguiu usufruir do prazer sexual, é importante que ela tenha liberdade com parceiro para falar sobre o assunto e tornar o sexo mais interessante para ela. Muitas reclamam que não sentem prazer na relação sexual, mas nem saberiam explicar o que gostariam que o parceiro fizesse. É a mulher que deve orientar o parceiro sobre o caminho que ele deve percorrer no seu corpo. Afinal, cada pessoa possui sensibilidades diferentes.

Muitas mulheres acabam não desenvolvendo o hábito de se masturbar, o que as prejudica em alguns pontos. A falta de conhecimento do próprio corpo, pode levar a uma vida sexual insatisfatória e um desconforto generalizado consigo mesma. 

Durante a relação sexual, algumas mulheres possuem dificuldades de chegar ao orgasmo, e quase sempre isso é fruto de uma falta de autoconfiança, que funciona como uma espécie de trava automática no sexo. Uma ótima maneira de "desbloquear" essa situação é por meio da masturbação feminina. Mas para isso é preciso quebrar alguns tabus em torno do assunto, encarando a prática com naturalidade e entendendo que o ato de se tocar para buscar prazer pode funcionar como um coadjuvante na melhoria da vida sexual individual e do casal.

Tem-se verificado que as mulheres com atitudes e crenças positivas em relação à masturbação, logo com maior prática masturbatória, experienciam maior satisfação orgástica do que aquelas que não se masturbam, o que é revelador da importância das atitudes e das crenças positivas face à masturbação.

No caso das disfunções sexuais femininas, existem inúmeros estudos com o objetivo de validar a importância da masturbação no tratamento da disfunção orgástica feminina, sendo que o principal objetivo da utilização destas técnicas é o incentivo à descoberta do próprio corpo e à descoberta da resposta aos estímulos, de forma a poderem depois partilhar essa aprendizagem com o parceiro.

Os homens e as mulheres, desde o início da puberdade, começam a sentir um prazer maior ao tocar os genitais, despertando curiosidade, o que facilita o autoconhecimento e a experimentação como algo natural. O homem acaba vivendo a masturbação com mais naturalidade, pois, ainda nos tempos atuais, existe uma cultura de que os meninos podem fazer, mas que as meninas precisam de certos cuidados. Falta conscientização de que a masturbação é parte integrante do processo de desenvolvimento humano, que através da mesma acontece o conhecimento do próprio corpo, o identificar de toques, cheiros e sensações despertadas, e ocorre também a descoberta fisiológica de como é a vulva e aonde está a entrada da vagina, o que facilita as primeiras experiências sexuais, diminuindo a ansiedade da mulher. 

Não existe uma idade certa para começar, geralmente inicia-se sem a nomeação de masturbação, e sim como algo prazeroso e natural, por volta de cinco a seis anos e não deve ser punido, pois a criança foca apenas na descoberta no próprio corpo. Por volta de 11 anos a criança tem novamente contato com a zona genital e também sente o prazer, mas é no início da adolescência, entre 13 e 14 anos, as sensações e toques vão ser nomeadas como masturbação. 

O maior estímulo para a automanipulação masculina também acontece porque o pênis está exposto a todo 

o momento, inclusive para urinar é preciso segurá-lo. O menino maneja seu pênis várias vezes ao dia. Isso o deixa mais a vontade com o próprio corpo e torna esse ato uma coisa natural. No entanto, para a mulher, o autoconhecimento não acontece tão facilmente, já que o órgão genital é interno e, muitas vezes, qualquer tentativa de manipulá-lo é reprimida e vista com preconceito.

Os benefícios da masturbação para a saúde sexual feminina envolvem melhorias em nível sexual, ao aumentar o conhecimento dos limites e necessidades do próprio corpo, mas também ao nível psicológico, comportamental e inclusive cardíaco.

A masturbação ajuda a exercitar músculos, produzir secreções e manter viva a genitália feminina, podendo melhorar a resistência à candidíase, reduzir os sintomas de tensão pré-menstrual e aliviar dores menstruais e das costas, ao aumentar o fluxo de sangue para a região pélvica.

 

Fonte: http://www.revistakairos.com.br/index.php/secoes/bem-estar/179-masturbacao-feminina

Categoria: Masturbação

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